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Em Deus eu confio, e não temerei. Que poderá fazer-me o homem? (Sl 56.11)

Leitura Bíblica: Salmo 56.1-13 

Se você encontrar uma mosca bem velhinha, saiba que provavelmente ela ainda não completou 28 dias de vida. Para nós, é pouco, mas se a mosca pensasse, creio que teria a mesma perspectiva de seus 28 dias que temos sobre 80 anos de idade. 

Na leitura de hoje, o salmista está oprimido, perseguido e com real chance de ser morto. A Bíblia nos informa que ele morreu por volta dos 70 anos (2Sm 5.4). Como nós, ele estava sujeito ao tempo, o maior aliado da morte – não apenas o evento final, mas o processo degradante que traz a perda de vigor, memória, mobilidade etc., morrendo aos poucos. Então morrer hoje, na verdade, só antecipa o que cedo ou tarde vai ocorrer. Duro, mas verdadeiro. 

Parece que 80, 90 ou 100 anos é muito tempo, pois nos acostumamos a olhar a vida sob a perspectiva de um tanto de anos. O salmista sofre e clama ao Senhor. O nosso Deus pode e, com frequência, intervém nas circunstâncias. Mas alguns pensam que a vida de cristão traz embutida uma “vacina contra o sofrimento”, que obriga o Senhor a nos dar “vitória”, em termos de bem-estar terreno. 

A história dos primeiros cristãos já mostra que não é bem assim. O mundo em que vivemos jaz no Maligno, ou seja, é dele o programa que está “rodando” aqui, por isso temos aflições. Mas Paulo nos aconselha: “Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas!” (Cl 3.2) Afinal, as daqui se desvanecem rápido demais e têm prazo de validade curto. Como cristãos, temos de lembrar que a morte de Jesus nos salvou de nossos pecados e que ele ressuscitou ao terceiro dia, conquistando para nós a vida eterna. 

Assim, sabemos que há mais após o túmulo – uma vida na real acepção da palavra: plena, satisfatória, independente do tempo, sem dor nem lágrimas, sem maldade. Jesus tudo sofreu porque sempre manteve seus olhos nas coisas que são do alto. Lembre-se que essas são as que valem. As daqui acabam rápido. 

Precisamos treinar nossa mente a focar naquilo que importa: a eternidade. 

Miguel Herrera Júnior, Bragança Paulista/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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