Arquivo diário: 21/10/2013

Oração e Atitude


“Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria
ouvido.” (Salmos 66:18)

A tradução da Bíblia em português Almeida Revista e Atualizada diz,
neste versículo, “contemplara a vaidade”; outras traduções dizem
“acalentasse o pecado” (NVI), “guardado iniquidade” (Revisada IB),
“intentasse o mal” (Católica). Todas falam dessa atitude no coração.

A passagem fala de uma atitude cultivada no interior que, mais dia
menos dia, gerará ações. Jesus diz que é do coração que procedem
as más ações do ser humano (Mateus 5:19), por isso Provérbios
4:23 nos adverte para guardarmos o coração, pois dele depende
toda a nossa vida.

Acalentar, contemplar e guardar são verbos que nos remetem à
atitude de manter o pecado escondido no interior. É sobre eles que
Jesus advertiu no Sermão do Monte quando lembrou aos que o
ouviam a lei que lhes era ensinada pelos religiosos. Enquanto o
adultério é o pecado em ação, o desejo impuro é o pecado
“acalentado” no coração. Enquanto o assassinato é o pecado em
ação, o ódio é o pecado “guardado” no coração.

O salmista nos adverte que a quem tem maus pensamentos Deus
não ouve, ou seja, não precisa chegar à ação de fato, basta
intenções de maldade para termos nossas orações interrompidas!

Houve uma pessoa que nos prejudicou alguns anos atrás e várias
vezes eu afirmei que a havia perdoado. Porém, recentemente, ao
ouvir falar sobre o indivíduo e seu sucesso no ministério, senti que
algo azedou dentro de mim. Demorei uns dias para ter coragem de
reconhecer que não achava justo Deus abençoá-lo se o prejuízo
não tinha sido restituído. Percebi que, no meu coração, ainda que
não verbalizasse isso, queria que ele sofresse o mesmo prejuízo
que nós passáramos. Essa foi uma “intenção de maldade” como o
salmista falou. Tive um tempo de oração quando confessei a Deus
minha dificuldade com o assunto e disse, com sinceridade, que
desejava perdoar de fato, de tal maneira que não mais me doesse
lembrar da pessoa ou do acontecido.

Muitas vezes cultivamos atitudes incorretas escondidas na ideia
de justiça ou de direito. Se foram injustos comigo ou violaram o
meu direito, então eu posso me sentir assim. Posso ficar
contemplado o meu desejo de vingança, guardando o meu rancor,
acalentando meu mau desejo e intentando o prejuízo do outro,
afinal fui eu o prejudicado.

Mas se fizer isso, a única oração que Deus lhe responderá é a do
coração quebrantado e contrito, quando você se chegar a Ele
reconhecendo seu erro.

“Senhor, quebranta-me já. Mostra-me já o estado do meu coração
para que o arrependimento e a contrição aconteçam logo e a
nossa comunhão possa ser restabelecida.”

Vinicios Torres, do site: http://www.ichtus.com.br.

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